"Falar é superficial,por mais profunda que seja a fala.

Tocar é profundo, por mais superficial que seja o toque."

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Crenças errôneas, limitadas, limitantes


Até ir morar na Suiça, não tinha grandes preocupações com meus cabelos. Bastava lavá-los e escová-los com vigor e pronto! Pesados, cheios e compridos, meus cabelos tinham seu estilo próprio e poucas vezes exigia minha interferência.
Na Suiça no entanto, as coisas mudaram de figura. O vento e a baixa umidade tornaram meus cabelos parente próximo de uma vassoura de piaçava. Cruzes! E o que é pior, eles caíam assustadoramente.
Como todo mundo, procurei médicos e fórmulas mágicas para resolver a questão que apenas se agravava. Eles caíam aos punhados e pela quantidadeque ficava no meu travesseiro, acompanhava este agravamento.
Aí, a gente começa a repetir o que todo mundo acredita ser a verdade absoluta: Xi, isto é stress... hum, só pode ser a tinta que você usa...olha, a sua alimentação é totalmente deficiente... e por aí vai. A gente gasta um dinheirão e no fim das contas ainda tem que comprar a peruca para esconder a calvicie. Bom, não cheguei a este extremo porque a natureza foi generosa comigo.
Até que um dia a ficha cai. Meus cabelos sempre foram livres, rebeldes, com personalidade forte. Nunca foram amigos de penteados e produtos químicos. No clima da Suiça, os coitados perderam a liberdade, viviam confinados em rabos, coques, gorros e capuzes. Além do mais, comprava as marcas mais caras e badaladas, esquecendo totalmente meu shampuzinho de ovo da Colorama.
Some a tudo isto as fases em que deixei de cuidar bem da boa circulação do meu corpo, sem massagem, sem contato, tomando vitaminas e remédios desnecessários.
A gente acredita que soluções simples e caseiras serão incapazes de resolver problemas que parecem enormes e requerem grandes investimentos.
Pois bem, entrei em contato com meu corpo para entender o que ele denunciava. A partir daí, massagens capilares e escovação diárias acabaram em menos de 15 dias com a temida queda de cabelo. Hoje em dia, tenho prazer em acordar e ver o meu travesseirinho limpinho e cheirosinho, sem um fio de cabelo para contar esta história triste.
Por que será que a gente sempre vai pelo caminho mais longo e mais complicado?

2 comentários:

Louise Tommasi disse...

Amo este passarinho do Twitter. Que fofura!

Anônimo disse...

Linda foto, Lou!
Se fosse branquinho diria que é a pomba da paz.
Bisou
kenia Birgin